Pilares da gestão de mudança
Essa gestão apresenta três grandes pilares: capacitação das partes interessadas, stakeholders e impactos organizacionais. Também existe a comunicação, que atua como apoio aos pilares. Veja, a seguir, cada um deles. Capacitação das partes interessadas
Toda transformação apresenta novidades e exige um certo nível de capacitação dos profissionais envolvidos. Caso o gestor não observe as pessoas afetadas pelas novidades, a gestão de mudança pode se tornar um fracasso.
Por exemplo, em se tratando de implantação de um ERP, essa inovação transforma consideravelmente as diretrizes de uma empresa e interfere de modo direto na forma como os colaboradores passam a trabalhar.
Assim, se um funcionário que atua na área financeira de uma companhia faz o lançamento das notas fiscais manualmente, com o ERP, ele passará a emitir tudo de forma automatizada.
Porém, para que isso seja executado de maneira correta, é preciso que os colaboradores estejam capacitados. Vale lembrar que não é somente um treinamento que vai fazer com que eles estejam totalmente aptos. É preciso viabilizar uma vivência prática com o uso de novas soluções.
Assim, a principal ação deve ser a promoção do que chamamos de prontidão — ou seja: todos devem estar hábeis para a ocasião da mudança e saber o que é preciso realizar no momento certo.
Como já dito, antes de todo esse processo, as pessoas podem não visualizar as vantagens das mudanças e ser até relutantes com relação às transformações do estado inicial.
Contudo, com o passar do tempo e a utilização de uma estratégia consistente, a ideia é que elas iniciem a sua adaptação e entendam que, no caso do exemplo do ERP, o sistema que está sendo inserido para que aconteça uma otimização das atividades, e não para causar problemas. Stakeholders
Todo processo de mudança cria impactos para alguém. Os stakeholders são todos os que podem ser direta ou indiretamente afetados no decorrer da gestão de mudança, de modo negativo ou positivo.
Geralmente, inserem-se nesse grupo os usuários, clientes, patrocinadores, gestores, equipe de projetos, órgãos regulamentadores e sindicatos, entre outros.
Por sua vez, a gestão de stakeholders é a associação de processos que apresentam como meta identificar os stakeholders e mapear suas necessidades, criando, a partir disso, ações que visem englobar as pessoas durante toda a transição.
Em um processo de implantação de um ERP, por exemplo, as partes mais interessadas seriam os clientes e os usuários do sistema, ainda que haja outros envolvidos na gestão de mudança.
Veja que os usuários do sistema não participam diretamente da transição; no entanto, são eles os responsáveis por manter o uso da solução no futuro. Por isso, é essencial fazer com que entendam e apoiem todo o processo.